Segue a seguinte
pergunta: Por que pagamos impostos sem reclamar?
Em primeiro lugar, não fomos ensinados a lutar, requerer e muito
menos a questionar sobre os impostos que pagamos. Raras são as vezes que
fazemos algo para nos defender, o máximo que fazemos é reclamar na hora de
pagar ou falar sobre o assunto com um amigo próximo. E porque não nos ensinaram
a fazer a mudança? Muito simples meus caros "É cômodo para o governo não
fazer isso!".
Porque ensinar, mostrar o caminho a ser seguido, a questionar e a
ir em busca de mudanças, se queremos que eles não reajam a nada, devem pensar
eles!
Muitas vezes, me deparei com pessoas no ponto de ônibus, filas de
hospitais, merenda escolar e bancos que reclamavam pelo mal atendimento e
que questionavam aos atendentes destes locais porque os atendiam mal, já que
pagavam seus impostos e a resposta sempre foi a mesma: "Além de ser de
graça ainda reclama!". E ficava por isso mesmo.
Se cada educador mostrasse aos seus alunos para onde vão realmente
os impostos que pagamos e o que podemos fazer para requerer nossos direitos, já
seria um passo dado. Ah, mas ia me esquecendo de um detalhe um pequeno grande
detalhe, muitos de nós não sabemos fazer nada disso citado acima! É triste e
desesperador saber disso.
Poucos são os interessados em buscar esse tipo de aprendizagem,
então haverá uma demanda muito grande de sofrimento, e mais sofrimento.
Há algum tempo atrás li em um site de história, o Procurador da
Fazenda Nacional, José Marcos Quintella, falando que o povo não sabe o quanto
paga e que a organização tributária no Brasil é muito complexa, e não é só
aqui, que até nos países desenvolvidos é assim. A nova sociedade contemporânea
é complexa e isto interfere na tributação. Quanto mais complicado o sistema,
mais difícil é para nós enterdermos o quanto se paga, para quem paga e
por que paga.
Um pequeno passo já foi dado, criou-se um site que se chama
"De olho no imposto" (www.deolhonoimposto.com.br), que defende a
discriminação de todos oss tributos na nota fiscal.
Com isso, finalizo transcrevendo uma frase de Lúcia Luiz Pinto,
socióloga: "Acho que o problema é mesmo o desconhecimento e a impressão de
que as coisas são assim mesmo, de que não adianta reagir". Que essa frase
nos faça refletir sobre a sociedade que queremos.
Prof. Leila Melo.
